domingo, 4 de maio de 2008

A insustentabilidade das relações.


É pedante carregar o peso de algo que tornou-se insustentável e não poder dividi-lo. Sabiamente consegui encontrar o momento e a forma correta de transformar isso em algo que pudesse elevar-me a um outro patamar dentro de uma relação sem nenhum sentimento de solidez. Compartilhar sentimentos tornou-se cada vez mais difícil diante da rapidez dos relacionamentos e da superficialidade das pessoas. Não há mais nem se quer, o magnetismo de outrora.

Me causa espanto saber que as pessoas, em determinado momento não saberão acompanhar o meu raciocínio ou não terão a capacidade de me surpreender. E é aí que tudo perde o seu encanto, se é que algum dia houve encanto dentro das banalidades de cada um. Não há mais as delicadas sutilezas, todos tornaram-se agressivos dentro de seus habitats, numa luta de egos onde o mais importante é o próprio espelho, ou umbigo.

Todo esse despreendimento pelo outro e toda essa preocupação em rotular a si mesmo, numa exarcebada busca pela interpretação de personagens sociais, alteram o movimento natural dos relacionamentos. É triste perceber que hoje, o mais importante é representar um papel social subjulgando os sentimentos em razão a opinião alheia.

Gosto de testar as pessoas, os seus limites. Gosto de ser testada, de ser levada ao meu limite. Inteligência é o melhor afrodisíaco. Deixem os seus narizes empinados para outras ocasiões, não percam tempo com joguinhos estúpidos. A estupidez tornou-se o câncer da humanidade.

Olhe para o lado, às vezes aparece alguém legal com algo a oferecer. Não perca tempo e não tenha medo, não machuca.

Um comentário:

Márcio Richardson disse...

Adoooro.Maravilhoso o texto, com tanta sensibilidade e percepção. Show!
Tem que saber viver, valer, viver-valer. Saber, entender, perceber...