sábado, 27 de dezembro de 2008

Ser inteiro e não pela metade.


Será algum dia possível se conhecer inteiramente alguém? Acho que não. E é aí que mora um dos grandes segredos da vida e dos relacionamentos. A capacidade de aprender, de mudar e de se adaptar ao mundo e suas novas situações.

Então o que seria "ser inteiro e não pela metade"? Se nem nós mesmos sabemos, se de fato, somos inteiros, completos. E o que é preciso fazer para ser inteiro? Será que a peça que falta para o encaixe final está no outro? Não, acho que não. É muita responsabilidade para ser colocada sobre os ombros alheio.

Acho que ninguém nunca será "inteiro", "completo". Não consigo imaginar isso, ou então todas as questões estariam resolvidas como se fossem mágica.

Eu sou sempre metade, sempre serei. Ou minha busca vai estar completa e eu não terei mais motivos para viver... Simples. Tão simples como concluir que por mais que sejamos honestos um com o outro, ou que sempre façamos aquilo que nos dá vontade ou prazer, não há no mundo alguém que se entregue por "inteiro".

Somos metade sim. Viver experiências, aprender, descobrir coisas novas, conhecer pessoas, lugares, ler um livro, ver um filme... tudo isso contribue para as nossas mutações diárias. Experimente ler um livro que você já leu pela segunda vez, ou visitar um lugar que gosta novamente, ou beijar aquele por quem suspira. As emoções, as experiências, por mais que se repitam, nunca são iguais porquê você não é igual.

A gente não é inteiro, a gente só faz parte de um "todo". Mas isso é história para outro dia.

2 comentários:

Albert Elliot disse...

Ninguém é inteiro, completo seria muito chato.

Márcio Richardson disse...

Isso é cultura: ler, assistir, ver, ouvir, conversar, aprender. Somos pedacinho de coisas...